Em 1987, Paul Verhoeven impressionou o mundo com Robocop - O Policial do Futuro, sátira social repleta de violência e efeitos especiais para a época, cujo principal objetivo era entreter.
Vinte e sete anos depois, o brasileiro José Padilha (Tropa de Elite) dirige o remake com tom muito mais sério e político, disfarçando a crítica ao sistema sob ótimas cenas de ação, mas deixando de lado a diversão do filme original.
Enredo:
Na Detroit de 2027, a empresa local Omnicorp (OCP) quer colocar robôs para patrulhar as ruas norte-americanas, mas a opinião pública é contra. Um senador consegue aprovar uma Lei anti "drones" (robôs), na qual em solo norte americano a utilização desse equipamento estava proibida.
A empresa lucra enormes quantias em países estrangeiros, especialmente no Oriente Médio, com a fabricação e venda desses equipamentos militares, feitos na China, visto que no mundo inteiro a utilização dos "drones" era permitida.Diante disso, o presidente da OCP, Raymond Sellars (Michael Keaton), elabora um plano para manipular a opinião popular que inicialmente era 79% contrária ao uso de "drones" no território americano, criando um ciborgue (homem/máquina), mas precisava de um indivíduo que se encaixasse perfeitamente no perfil de um policial que pudesse receber esse sistema.
Quando o policial Alex Murphy (Joel Kinnaman) se fere gravemente, após uma explosão de seu veículo, retorna à vida como um poderoso ciborgue na luta contra o crime, mas sua humanidade é um problema para a corporação, assim como sua eficiência.
Ficha Técnica:
Gênero: Ação
Direção: José Padilha
Roteiro: James Vanderbilt, Joshua Zetumer, Nick Schenk
Elenco: Abbie Cornish, Aimee Garcia, Douglas Urbanski, Gary Oldman, Jackie Earle Haley, Jay Baruchel, Jennifer Ehle, Joel Kinnaman, John Paul Ruttan, Marianne Jean-Baptiste, Melanie Scrofano, Michael K. Williams, Michael Keaton, Miguel Ferrer, Samuel L. Jackson, Tommy Chang, Zach Grenier
Produção: Eric Newman, Gary Barber, Marc Abraham, Roger Birnbaum
Fotografia: Lula Carvalho
Comentários da Edição / Análise Teológica:
Mais um filme sci-fi (science fiction - ficção científica) analisado no PlugVida. Para os nascidos na década de 80, Robocop foi um filme muito popular, inclusive aqui no Brasil.
Entretanto, o remake de José Padilha não tem muita relação com o primeiro filme. O remake aborda melhor as questões morais de se transformar um homem em robô.São longos minutos de reflexão sobre a situação de Alex, nos quais ele tenta se ajustar à nova realidade e, diante da triste verdade de sua condição.
Para quem assistiu ao primeiro filme, fica a sensação que "faltou alguma coisa"! Uma "pitada de sal" para Joel Kinnaman interpretar esse papel, ficou meio "sem gosto".
Entretanto, aos amantes de ação, aventura e ficção é uma ótima pedida, com efeitos especiais.
Teologicamente analisando, temos vários pontos a observar nessa película, o primeiro delas é a ganância pelo dinheiro, corrupção e busca desenfreada pelo lucro - um hedonismo mesclado com puro capitalismo - que vivemos hoje.
Outro ponto importante nesse filme é a questão humana abordada de forma contemplativa por esse remake, bem diferente da versão original de 1987. Até que ponto a máquina substituirá o ser humano, ações, escolhas, opções, atitudes, respostas?
Recomendado: Sim (bom filme, mas indicamos também assistir ao original de 1987)
Nota: 7,5 (bom filme, para cinéfilos de plantão, com muita ação e efeitos especiais)
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